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Desabafo de uma senhora sobre a onda de preservação do meio ambiente
2 comments Publicado por CastorPioneiro[O escuta é delicado e respeitador] Sobre o extremismo religioso
0 comments Publicado por PanteraÁgil
Que blasfémia, meu Alá. Como se sabe, as beatas católicas têm vírus letais, que podem contaminar as outras pessoas (muçulmanas boazinhas, neste caso).
As colegas de trabalho de Asia Bibi reagiram de forma justa, apelidando-a de "Haram", isto é, "és uma porca, ó católica".
Perante esta ofensa terminal, a sede metediça de Bibi só podia ter uma consequência: a condenação à morte pelo chefe da aldeia.
É bem feito, sim senhora. Quem a mandou beber água do balde comum, ah?
Quem? A senhora dona Asia Bibi não sabia que os muçulmanos bonzinhos não podem ter contacto com os católicos impuros? É bem feito, pá.
Estamos a falar de alguém que acredita em Jesus, esse charlatão que se julga acima de Maomé. Ou seja, além de impura, Asia Bibi é estúpida.
Agora tem aí a paga. E já vem tarde.
Ainda por cima, esta herege não baixou os olhos quando foi repreendida.
No Paquistão, "ser cristão é saber baixar um pouco os olhos" . É normal, pois então: os cristãos são uns míseros 6 milhões num universo de 170 milhões de muçulmanos puros e imaculados.
Não respeitando este contexto, a catolicazinha não baixou os olhos e, vejam bem, ainda protestou. Estava mesmo a pedi-las. E, reparem, o chefe da aldeia ainda lhe deu uma chance: "se não queres morrer, deves converter-se ao Islão". Que simpatia de homem, que gentileza, que tolerância milenar (estou que nem posso).
E sabem qual foi a reação da galdéria católica? Recusou esta oferta de boa vontade. Portanto, Asia Bini tem mesmo de morrer, porque o profeta precisa de ser vingado.
Agora, esta frescalhona está presa nas masmorras de Sheikhupura, numa cela com três metros quadrados e sem luz do sol. E parece que o líder religioso lá do sítio já ofereceu 500 mil rupias pela sua morte.
Confesso que estou que nem posso.
Estas beatas têm de aprender a não sair da sua toca, não é verdade?
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Palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas respostas agradáveis.
Procura estar de bem com muitos, mas escolhe para conselheiro um entre mil.
Se queres ter um amigo, põe-no primeiro à prova, não confies nele muito depressa. Com efeito, há amigos de ocasião, que não são fiéis no dia da tribulação.
Há amigo que se torna inimigo, que desvendará as tuas fraquezas, para tua vergonha.
Há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça; na tua prosperidade mostra-se igual a ti, dirigindo-se com à vontade aos teus servos; mas, se te colhe o infortúnio, volta-se contra ti, e oculta-se da tua presença.
Afasta-te daqueles que são teus inimigos, e está alerta com os teus amigos.
Um amigo fiel é uma poderosa protecção; quem o encontrou, descobriu um tesouro.
Nada se pode comparar a um amigo fiel, e nada se iguala ao seu valor.
Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor acharão tal amigo.
O que teme o Senhor terá também boas amizades, porque o seu amigo será semelhante a ele.
Livro do Eclesiástico 6,5-17
imagem: nó da amizade - http://www.vibeflog.com/cayru/
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Começa esta semana o Ano Europeu do Voluntariado. É uma iniciativa que, como acontece a maioria das vezes, serve para descansar a consciência de uma Europa à procura de valores que premeditadamente deixou cair, como a sua herança cultural e religiosa.
É, no entanto, uma ocasião para iniciar um caminho que devia fazer parte da educação de todos. Dedicar livremente uma parte do nosso tempo a prestar um serviço, seja ele qual for, à comunidade é uma experiência fundamental
para qualquer homem ou mulher.
O desafio que este ano propõe é para todos e devia ser mais do que um discurso para a classe política.
O problema da maior parte dos nossos políticos que enchem a boca com o discurso do "estado social" é que não sabem o que é prestar um serviço gratuitamente a quem está ao seu lado. Esta é talvez a maior diferença entre os políticos de agora, com grande dificuldade em aderir à realidade, e a primeira geração de políticos do pós 25 de Abril, como Ernâni Lopes, Sá Carneiro, Amaro da Costa ou António Guterres, com uma enorme sensibilidade social.
O voluntariado que fizeram, tal como o que fez Obama, dá aos homens políticos um outro olhar sobre a realidade, permite-lhes falar de coisas que as pessoas reconhecem e tomar medidas mais adequadas. Não é por acaso que nas sociedades mais evoluídas o voluntariado é uma parte integrante do curriculum.
Seria uma aposta ganha se, este ano, em vez de discursos, a nossa classe política decidisse arregaçar as mangas e dedicar algum do seu tempo, gratuitamente, a ajudar quem mais precisa. Quem sabe não encontrariam mais facilmente resposta para a crise.
Raquel Abecasis
RR on-line 31-01-2011
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