o MEU guia

Este fim de semana realizámos um Bivaque para Guias.
Destinou-se aos guias de patrulha, de equipa e chefes de equipa.
Certamente que muitas palavras poderiamos encontrar para definir um bom guia de patrulha. Provavelmente, o espírito de liderança saltará logo à mente, mas o exemplo ou a amizade ou a competência são características igualmente importantes e a ter em conta. Mas para além de características, são também ferramentas que poderemos adquirir e treinar com menor ou maior facilidade.
O exemplo, ou diria talvez, num sentido mais apropriado, o testemunho - que é essa capacidade de trazer ao encontro dos nossos principios os outros através do nosso próprio exemplo - é algo essencial e que está intimamente e sempre inconscientemente ligado a quem lidera algo. Liderança porque é, também, exemplo.Mas acho que ser guia é ser mais do que reunir algumas características chave...
Creio que um guia, como qualquer outro lider, deve ser alguém que inspire total confiança. Deve ser alguém com quem não tenhamos qualquer receio de ir para onde quer que seja. E essa confiança, não é algo que se treine, que se adquira... de forma alguma. É, sim, algo a conquistar por parte daqueles que guiamos.Esta conquista é, também, uma das tarefas mais dificeis para quem lidera. Muitas vezes por falta de compreensão, mas acima de tudo porque não é mesmo fácil... Implica um total desprendimento do que somos para nos dedicarmos a quem conduzimos. E isso, muitas vezes, não é tão simples como as palavras o dizem... Defendermos aqueles por quem somos responsáveis nem sempre é fácil... sobretudo quando arriscamos a nossa vida, os nossos projectos para que os outros compreendam que acreditamos neles e que a responsabilidade é repartida. Pouco futuro terá uma patrulha se diante do leão, o guia é o primeiro a fugir, esquecendo todos os seus; possivelmente tropeçarão uns nos outros o que será muito bom...para o leão!
Daí que esta confiança e o respeito acabem por estar intimamente ligados... um não o é sem o outro e são consequência um do outro.Por isso, os guias têm sempre uma responsabilidade acrescida no sentido de treinar a sua liderança, de praticar a coerência do seu exemplo, de ser capaz de num espírito de amizade ter paciência e dedicação em conduzi-los, mas procurando sempre estar ao lado deles de forma a que eles sintam esse apoio e assim não seja necessário arrastá-los, empurrá-los, mas eles prórpios, se sintam seguros em seguir o seu guia.

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