A filosofia da B.A. ... ou não...

"Era uma vez, há muito tempo, numa terra longínqua, um cavaleiro que se considerava muito virtuoso, amável e dedicado. Fazia a todas as coisas que os cavaleiros virtuosos , amáveis e dedicados fazem. Os seus adversários de combate eram criaturas malvadas, vis e desprezíveis. Matava dragões e resgatava donzelas em perigo. Quando as aventuras de cavalaria andavam mais paradas, tinha o péssimo hábito de salvar as donzelas mesmo que elas não quisessem ser salvas. Assim, apesar de muitas donzelas lhe estarem agradecidas, outras tantas estavam furiosas com ele. Ele aceitava isto como uma filosofia. Afinal não se pode agradar a todos." (1)


Encarar a nosso dia a dia e as nossas rotinas como uma checklist que temos de cumprir e praticar, leva-nos a que não orientemos o nosso caminho por uma filosofia de vida mas adaptamos a filosofia para encaixar no caminho pelo qual a 'orientámos'.Mas praticar diariamente uma Boa Acção não é uma obrigação moral à qual temos de estar ligados. É, ou deve ser, sim, uma necessidade de vivência da comunhão diária de existir. Estar aberto a praticar a caridade, mas não do alto do corcel, pelo contrário, fazê-lo, na humildade de sermos todos semelhantes uns aos outros e, nessa condição, termos tanto a aprender... mesmo quando pensamos que só estamos a dar.

(1) Robert Fisher - 'O Cavaleiro da Armadura Enferrujada'

1 comments:

At terça-feira, 03 março, 2009 PanteraÁgil said...

Aproveitando a fonte do texto inicial...

Devemos perguntar "E porque não?" em vez de "E Porquê?"

Se calhar simplificava em muito a nossa vida, as nossas preocupações, os nossos medos, as nossas certezas, e talvez nos fizesse olhar de forma mais simples, mais concreta, mais verdadeira para tudo aquilo que nos rodeia.

 

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