Andava o povo assustado
A fazer a montaria
Ao grande lobo esfaimado
Que tanto mal lhe fazia.
Ele levava nos dentes,
Agudos e carniceiros,
Os meninos inocentes
Que são os alvos cordeiros.
E as pessoas assaltando,
Vinha de noite, em segredo,
Com os seus olhos chamejando,
Encher a gente de medo.
Ora S. Francisco era
Incapaz de querer mal
Mesmo que fosse uma fera,
Até ao tigre-real.
Tinha tão bom coração
Que homens e bichos o amavam
E as andorinhas poisavam
Na palma da sua mão
E como ele desejava
Que tudo vivesse em paz,
Enquanto o povo caçava,
O Santo, o Poeta que faz?
Procura o lobo cruel,
E, tendo-o encontrado enfim,
Chamou-o, e foi para ele,
Sorriu e falou-lhe assim:
- Eu sei porque fazes mal,
Eu sei o que te consome:
Tu és tão mau, afinal,
Tu és mau porque tens fome.
Pois bons amigos seremos,
Para nosso e teu descanso
E de comer te daremos
Para poderes ser manso.
Promete que hás-de emendar
De vida neste momento;
E, em sinal de juramento,
Levanta a pata ao ar
E põe-na na minha mão!
Jurou o lobo e cumpriu
Depois a gente o viu
Tão mansinho como um cão.
A fazer a montaria
Ao grande lobo esfaimado
Que tanto mal lhe fazia.
Ele levava nos dentes,
Agudos e carniceiros,
Os meninos inocentes
Que são os alvos cordeiros.
E as pessoas assaltando,
Vinha de noite, em segredo,
Com os seus olhos chamejando,
Encher a gente de medo.
Ora S. Francisco era
Incapaz de querer mal
Mesmo que fosse uma fera,
Até ao tigre-real.
Tinha tão bom coração
Que homens e bichos o amavam
E as andorinhas poisavam
Na palma da sua mão
E como ele desejava
Que tudo vivesse em paz,
Enquanto o povo caçava,
O Santo, o Poeta que faz?
Procura o lobo cruel,
E, tendo-o encontrado enfim,
Chamou-o, e foi para ele,
Sorriu e falou-lhe assim:
- Eu sei porque fazes mal,
Eu sei o que te consome:
Tu és tão mau, afinal,
Tu és mau porque tens fome.
Pois bons amigos seremos,
Para nosso e teu descanso
E de comer te daremos
Para poderes ser manso.
Promete que hás-de emendar
De vida neste momento;
E, em sinal de juramento,
Levanta a pata ao ar
E põe-na na minha mão!
Jurou o lobo e cumpriu
Depois a gente o viu
Tão mansinho como um cão.
Afonso Lopes Vieira
Marcadores: mística e simbologia
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