Quando falamos de uma marca, aqui a associação a uma imagem é, deve ser e tem de ser imediata, inequívoca e reveladora da sua própria identidade. O sucesso da marca está não só no que ela tem para oferecer, mas também na forma como o faz, como passa a mensagem daquilo que ela própria congrega.
No caso do CNE, esta marca, que é o escutismo, muito mais do que uma Flor de Lis ou um lenço, é um conjunto de valores que estão e devem estar enraizadas em cada escuteiro e em cada uma das suas actividades.
Esta imagem de marca, estando directamente associada aos valores - não sendo, por isso, meras características - é algo de extremamente valioso e que deve ser preservada a todo o custo. Tomando por exemplo o caso da Mercedes com o infortúnio do Classe A no teste do alce - que diga-se ter sido uma gafe de projecto dessa empresa - os custos associados a esta depreciação da imagem quanto à segurança de uma marca de prestígio como o é a Mercedes, foram extremamente elevados. O que não o será então, quando falamos nos custos que esta imagem implica para que estes valores, que são o garante da integridade da formação que damos, se mantenham em conscientemente assumidos por este movimento.
Mas tratar desta imagem, e fazer com que a marca escutismo seja perfeitamente definida e visível pelos tais valores, é exigirmos que haja uma busca da qualidade na nossa face - imagem gráfica, informação das actividades, fardamento/(ou uniformização...)... - mas também mediante a competência de aplicarmos verdadeiramente o método junto dos elementos. Se praticarmos um escutismo verdadeiro, direccionado para o rapaz, mas assente no trabalho de equipa (bando, patrulha...). É neste trunfo do método que residem os valores e que a mais valia de uma formação integral pode estabelecer as linhas metas da Marca escutismo.
No entanto, também há que trabalhar as questões de marketing que podem ser associadas à acção escutista, não só para divulgação das actividades, não só para comunicação, mas também para gestão dos recursos, para dinamizar as comunidades em que estamos integradas.... Isso não passa só por logótipos, por definição de cores, de letras, de cartazes, de folhetos,... mas também pela responsabilidade que cada um tem em ser o rosto visível destes valores, na nossa forma de ser, na coerêcia de pertencermos a um corpo que tem regras algumas, nesta área mais ou menos definidas.
Exemplos disto, é não precisarmos de andar a desenhar flores de lis porque temos modelos para usar no site do CNE, é termos definido como a cor dos exploradores, o verde esmeralda e não o verde alface ou jasmim ou musgo - poderá ser um preciosismo (...se as pessoas soubessem a quantidade de tonalidades de verde esmeralda que existem...) mas tem em vista esta coerência da imagem que damos - ou a usar calças Gant azuis escuras quando temos calças de modelo oficial mais baratas, ou quando usamos o lenço na cabeça quando sabemos que ele é usado ao pescoço unido nas suas pontas com a simbologia própria da anilha... etc.
Ainda dizia no passado fim de semana um dirigente para ilustrar o desnorte do movimento nesta matéria que se fizéssemos uma exposição com as diferentes folhas timbradas que existem dentro do CNE encheríamos certamente várias paredes... É um trabalho que responsabiliza o topo da gestão da nossa associação mas que não desresponsabiliza o contributo que nós podemos dar para harmonizar o quanto possível o que a nós nos diz respeito.
Temos, pois, esta responsabilidade de contribuirmos para que a marca CNE e a sua imagem, seja preservada como o nosso cartão de visita, como a nossa roupagem exterior, como uma visualização imediata que associamos quando ela é invocada e o é nos seus valores. Quando não contribuímos para que esta mensagem seja acolhida com esta qualidade, distinção, excelência, arriscamo-nos a descredibilizar o movimento, a perder apoio e aceitação e condenar a missão honrada da educação num associativismo de segunda categoria.
2 comments:
- At quinta-feira, 15 fevereiro, 2007 PanteraÁgil said...
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Uniforme, e não farda como gostam de dizer, é sinónimo disso mesmo, de uniformização.
Se vestimos um uniforme, tem mesme de ser uniforme. Numa reunião de escuteiros uniformizados devem estar todos igualmente vestidos. Isso é que é ser uniforme. Se este princípio de uniformidade no vestir é minimamente cumprido, já nas outras imagens exteriores do CNE o mesmo não se passa. Desde a enorme variedade de papel timbrado, de envelopes, de logotipos de agrupamentos, de distintivos..... e por aí fora. Acho necessário, e urgente, que se crie um manual de imagem para o CNE, onde as cores figurem como PANTONE X ou Y (é para isso que servem os PANTONE) e não como "verde esmeralda".
Temos de ser exigentes connosco nesta sociedade cada vez mais exigente e penalizadora. - At quarta-feira, 21 fevereiro, 2007 Anónimo said...
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Já não se pode ser rico e comprar calças de marca...